É amigues, finalmente criei coragem para soltar minha voz nesse experimento de podcast. Me valendo do silêncio da madrugada insone eu criei uma gambiarra cognitiva-emocional-ansiosa sobre Ciências, baseada em leituras nem tão novas assim. Um mergulho num labirinto deleuziano que me acompanha afetivamente desde mesmo antes do mestrado, e que agora serviu de catalizador para navegar por um labirinto faminto de coragem.
Uma experiência de compreensão de conceitos que não tem pé, nem cabeça, nem corpo, nem órgãos, se é que me entendem quando trago o Deleuze para esse plano de realidade. Para além de tentar compreender o que diabos Deleuze quer dizer com Rizoma, e mais a frente, com Corpo sem Órgãos, precisei habitar outras tantas dimensões conceituais e metafóricas das Redes. Só pra entender de fato que está tudo interligado, tudo está conectado, mesmo aquilo que resistimos a aceitar como pertencente a nossas vivências.
De leituras da Psicanálise, a Sociologia, à História das Ciências e Tecnologias como um todo, surge uma cartografia muito mais ampla sobre qualquer um possamos pensar e compreender. Não há mais sujeitos ou objetos a serem analisados, há simplesmente uma multiplicidade de dimensões implicadas entre si. A todo momento se transformando, se expandindo, toda vez que suas fronteiras, suas margens tocam umas às outras. O rizoma é isso, é atravessamento, é o nado intempestivo entre oceanos e terra firme.
O LabreCast se experimenta com essa roupagem intransigente, indisciplinada, caótica, mas nunca mal-entendida. Vamos falar de Ciências, de Afetos na Pesquisa, de Afetos de Pesquisadores e Pesquisadoras e suas infinitas conexões.
Hoje foi só o primeiro episódio, que venham outras madrugadas regadas à muitas canecas de café.
Abraços,
Daniel.
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